03/12/2014

A primeira it-girl! Vocês conhecem?


(Foto do filme Maria Antoniêta interpretado pela atriz Kirsten Dunst.)

Meninas elegantes, antenadas nas tendências, descoladas, com estilo próprio e muita atitude: as it-girls somos eu, você e muitas outras que existem por ai iguais a gente. Mas, nossa espécie não surgiu ontem e muito menos do nada. Na verdade, a primeira de nós surgiu numa época em que este termo nem sonhava em existir.

Nossa ancestral era ninguém menos do que a rainha da França, Maria Antonieta. Forçada a deixar seu país aos 14 anos para ir para França se casar com o futuro rei - ao qual ela nunca tinha visto - Maria Antonieta adorava inventar moda. Vestia-se como um homem para cavalgar, passeava pela St. Honoré em Paris (a rua onde hoje a gente pira com as lojas da Chanel, Dior, YSL...), não perdia um só baile de mascaras na Ópera de Paris e ainda promovia festas arrasadoras em Versalhes (uma delas inclusive todas às segundas-feiras!) 

As horas do seu dia eram gastas no ateliê de sua estilista, Rose Bertin. Rodeada de muitas amigas, inúmeras plumas, fitas, sapatos e sedas da melhor qualidade (francesas é claro), esses momentos rendiam criações que dariam uma Fashion Week e tanta. Regados a champagne e macarrons, desses encontros surgiram o pouf - aquela peruca enorme que deixava a mulher com um penteado de quase um metro de altura e era ornamentado com penas, fitas e o que mais Bertin tivesse em mãos - a gaulle - um vestido de algodão ou linho levemente drapejado que era tipo o normcore de hoje - e o redingote, casaco de montaria adaptado do guarda roupa masculino. 

As modas da rainha se popularizavam, todas queriam seus poufs, suas gaulles e o que mais ela inventasse. Nessa época, também começaram a circular o que seriam as tatara tatara avós das revistas de moda de hoje, disponíveis apenas para nobres e burguesas ricas, mas também em versões pirateadas para as menos abastadas.

Porém, como nem tudo são flores (mesmo para a rainha da França) a história de nossa anciã esta mais para uma tragédia do que para uma comédia. Ser a mulher mais à la mode que existia lhe custou o pescoço - literalmente - mas, mesmo em seus momentos mais difíceis, Maria Antonieta não deixou a peteca cair. Permaneceu forte e elegante, mesmo com as roupas maltrapilhas (como de fato aconteceu em seus últimos dias), até em seu caminho para a guilhotina, todos comentavam como a rainha estava impecável. 

Talvez este seja o maior legado que a rainha da moda nos deixou. Muito mais do que poufs, redingotes e saias rodadas, a elegância é algo que nasce dentro da gente, não esta no que vestimos mas sim em quem somos. Afinal, se Maria Antonieta ficava elegante com uma simples gaulle branca com uma fita amarrada na cintura, suas herdeiras também ficarão, usando jeans e camiseta.

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Maria, prazer! As vezes eu pensava ter nascido na época errada. Desde pequena  gostava de tudo relacionado à história, desde filmes e livros até pinturas renascentistas que eu sequer entendia naquela época.  Me chamo Maria Landeiro, tenho  18 anos,  faço jornalismo na UFBA e sou a nova colaboradora do blog. Estarei sempre aqui contando um pouquinho dessas curiosidades sobre a história da moda, e trazendo dicas de como incorporar as tendências passadas - que sempre voltam - no nosso dia-a-dia estressante mas jamais deselegante! (e essa rima ai hein? kkkkk). Espero que gostem!

Instagram: @marialandeiro | Facebook: Maria Landeiro

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